terça-feira, 24 de maio de 2011

Um lugar especial! " Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará." Cícero

 Ilustração: André Neves

  Bibliotecas são lugares incríveis, em que o conhecimento mora e divide espaço com um monte de gente interessante, curiosa e com vontade de aprender cada dia mais. As bibliotecas existem há muito tempo, desde quando os livros eram apenas rolinos de pergaminho. E elas foram criadas para guardar o conhecimento da humanidade - e para divulgá-lo para a gente, é claro!
  Quando nos tornamos leitores de verdade (pessoas que são apaixonadas por livros e histórias), as bibliotecas se tornam um ótimo lugar para conhecer novidades, mergulhar em mundos e, melhor, sem pagar nada por isso!
  Nem sempre podemos ter todos os livros que queremos, então, para divulgar a cultura e histórias bacanas, podemos recorrer a esse serviço para lá de essencial. Funciona assim: chegamos à biblioteca e procuramos um autor ou título que nos interessa (às vezes, pode ser apenas um assunto do qual queremos conhecer um pouquinho mais). Aí, vemos as fichas ou arquivo computadorizado e encotramos um número. Esse número é como se fosse o endereço do livro naquela multidão de prateleiras.
  Lá, podemos folhear os livros que nos interessam, ler pedacinhos, fazer pesquisas e até passar um tempo muito agradável só xeretando as estantes para ver o que as pessoas já escreveram. E, quando ficamos em dúvida ou não sabemos bem o que queremos, sempre podemos contar com o serviço de um profissional muito importante: o bibliotecário.
  O bibliotecário é a pessoa que cuida da biblioteca e também que lê os livros e cataloga-os. Você sabe o que é catalogar? É como se ele fizesse uma fichinha descrevendo o livro, para que a obra fique perto de outras da sua família. Essa descrição e catalogação seguem um modelo, então a gente sabe que, quando formos a uma biblioteca, os livros que se parecem ou que tenham muito em comum vão ficar bem pertinho uns dos outros.
  Em muitas bibliotecas, em especial nas públicas, acontecem eventos culturais também. São contadores de histórias, visitas de autores, exposições de quadros e livros e até shows de música.  Tudo para deixar o ambiente ainda mais acolhedor e mais colorido para a gente querer passar muito tempo lá.
  Ah, uma coisa importante sobre bibliotecas é que elas também são democráticas! Muitas pessoas podem ler e não só os mesmos livros, mas também podem ler uma variedade enorme de títulos. É claro que a gente quer ter a nossa própria biblioteca, com os livros mais bonitos e mais interessantes. E é justamente visitando a biblioteca do nosso bairro ou cidade que "treinamos" nosso gosto para a leitura, desenvolvendo gostos e estilos bem pessoais, para depois comprarmos o livro certo, aquele que vai passar a vida com a gente e crescer junto (e talvez, até ficar para os filhos dos nossos filhos, como os livros dos nossos avós que ainda vivem com a gente).
  Quando a gente empresta um livro que já foi lido por mais pessoas , podemos pensar um monte de coisas. Quem será que já leu este livro? Será que a pessoa gostou? Será que ela leu numa casa de brinquedos e outros livros ou será que ele ficou numa mochila, passeando pela cidade toda? Anotaram alguma coisa no cantinho? Esqueceram um bilhetinho de amor dentro dele? Quando fazemos todas essas perguntas, as histórias dos livros se multiplicam. São aquelas que os escritores nos contaram, mas são também as histórias daquele livro como objeto, uma coisa que a gente manipula e leva de um lugar para o outro.
  Quando a gente começa a frequentar bibliotecas e a fazer daquele lugar a nossa segunda casa, um novo mundo se abre. Fazemos amigos (livros e pessoas), ouvimos histórias, entendemos que o silêncio não tem de ser chato sempre. É só o tempo que dedicamos a ver a poesia da vida acotecendo, como aquele senhorzinho que todo dia senta em uma poltrona e lê (ou relê!) uma história. Como aquele grupo de crianças que se juntou para se ajudar para uma prova difícil ou aquela bibliotecária com ar sério que, na verdade, é um doce. E muito engraçada!
  Aprender a visitar bibliotecas e ganhar um presente todo dia. É conhecer histórias da vida real ou inventadas. E quem não gosta de ganhar presentes?

Obra: Eu amo biliotecas
Texto: Iris Borges
Editora: Callis

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