sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Menino do Pijama Listrado!

O ponto que virou uma mancha
Que virou um vulto
Que virou uma pessoa
Que virou um menino
Um menino que vestia um pijama listrado
Um boné listrado de pano
Não tinha sapatos ou meias
Os pés um pouco sujos
No braço ele trazia uma braçadeira com uma estrela desenhada
Cabeça raspada
A pele era quase cinza
Mas diferente de outras tonalidades de cinza
Os olhos eram bem grandes da cor de balas de caramelo, os brancos eram muito brancos...

Mais que explorar, é conquistar suas próprias aventuras...
É caminhar até um certa distância, para desvendar o infinito...
E descobrir que atrás da cerca existe sonhos, e esperança de uma vida mais próspera, na qual não se podia imaginar...
Mais que o valor da amizade, é a simplicidade de saber diferenciar os sentimentos belos, do orgulho, do ódio e do preconceito.

Sem mais...
Assinado por Talita Apds
Reflexão sobre a obra: " O menino do pijama listrado" por John Boyne

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"Charles Chaplin...Penseé"

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.


Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.


Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

Poema: Fernando Pessoa!

Acordo de noite subitamente.

E o meu relógio ocupa a noite toda.
Não sinto a Natureza lá fora,
O meu quarto é uma coisa escura com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.
E esta pequena coisa de engrenagens que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez...

Dia de Outono!

Um frio de congelar as orelhas...
Os chalés, cobertos pela neblina...
As canções entrando pelos ouvidos, num tom perfeito...
Misturando todos os tipos de notas, tornando a canção mais bela...
Violino, flauta, trompete, percursão, teclado, saxofone, regente...
E o casal completando cinquenta e sete anos de namoro, sobe ao palco,  dançando com os  mais belos passos a música do rei...
Como é grande o meu amor por você...
Aguás da cachoeira descendo entre a rochas, a trilha completa pelo verde da mata...
Como é linda a natureza...
O cheiro do outono, passando pelas narinas...
O padre reza a missa...
E como todo romance, a canção em francês...
Je pense que la vie tout est sur le point d'être belle un jour ...
A beleza se concretizou...
Um sonho se realizou...
Neste dia lindo de outono.

"Campos de Jordão" 12/06/2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O poema sobre o amor!

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.

Primeira Epístola aos Coríntios...

Do outro lado do Mundo!

Se existe um outro lado do mundo, é nele que eu queria estar agora
Conhecer novos horizontes, adquirir novas idéias
Sentir prazer em fazer outras coisas
Correr para todos os lados
Escutar um ritmo de música diferente
Sentir um cheiro no ar
Apreciar novas flores
Escutar os cantos do pássaros, cantarolando em meus ouvidos
Não sentir dor do espinho do cravo em minha pele
Voaria como as aves voam
Sentindo a corrente do vento sobre meus cabelos e rosto
Eu juro, não estaria aqui agora
Estaria neste lugar, no encanto de vivamento e alegria
Em constante paz e harmonia.


Talita Pensée

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Arte!

Na tela, tinta óleo derramada
Num tom colorido
A mais bela arte nos comunica
A beleza infinita
Através de traços, pinceladas...
Marcas de distração e pensamentos continuos...

Esculturas em formatos diferentes
Feitas de cimento
Duras como pedra
Num olhar duro e singelo
Paradas somente numa posição
Sem respirar
Sem falar
Sem pensar

Em busca da criação
Na mão do artesão
Críticas e segredos
Segredos da guerra
Em troca de paz
A forma de arte
Busca uma unica expressão
Simples e modesta.













Sombra!

Sigo a sombra
Ela me segue
Nos passos que dou
Ela esta comigo
No mais simples compasso
A procura de um amigo.

Sua cor ser cinza
Sua voz ser muda
Seu odor ser sem cheiro
Sua vida ser oculta.

Sigo a sombra
Ela me segue
Sem ela eu não vivo
Sem ela não há caminho.

Seu pretesto é ser luz
Luz na noite luz do dia
Luz da minha melodia.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Obra: Rimas Saborosas!

Hoje a fruta vira verso
A verdura vira rima
Vegetal vira poema
Planta vira obra-prima
Quando eu rimo hortiliça
Jogo fora a preguiça
E embarco neste clima.

A semente gera um broto
E as folhas aparecem
E das folhas nascem flores
Que diariamente crescem
E das flores nascem frutos
Delicados ou bem brutos
São milagres que acontecem.
César Obeid